guia básico de primeiro socorros
Primeiros socorros
ATROPELAMENTO
Em caso de ATROPELAMENTO, certifique-se de que o animal se agite o menos possível. O ideal é mantê-lo imobilizado. Caso possível, coloque-o sobre uma tábua e amarre-o até ser conduzido ao veterinário. Quanto menos manipulá-lo, melhor. Opcionalmente, coloque-o sobre um cobertor, o que também auxiliará a conservação da temperatura corporal do animal. A temperatura do animal deve permanecer quente: não permita que a temperatura corporal diminua. Em caso de ferimentos expostos, cobrir e comprimir gentilmente com uma toalha limpa.
Em seguida, leve-o imediatamente ao veterinário. Quanto mais rápido for o atendimento, maiores as chances de êxito.
Você pode diminuir os riscos de que seu cão seja atropelado adotando duas medidas simples: jamais deixar seu animal solto e, quando for passear com ele, mantê-lo sempre na coleira. Por mais que ele esteja acostumado a passear sem a coleira, há vários fatores que podem levar a um atropelamento ou ataque por outro cão.
AFOGAMENTO
Em caso de AFOGAMENTO, erga seu cachorro pelas patas traseiras. Assim, o líquido sairá pelas vias respiratórias. Caso a respiração esteja comprometida e o animal esteja inconsciente, abra a boca dele e puxe a língua para frente e para baixo. Com isso, você promoverá a abertura da laringe e facilitará a passagem de ar. Tentar secar o fundo da garganta com uma gaze ou uma toalha também pode ajudar. Este procedimento só deve ser realizado com o animal inconsciente, para que não haja risco de ferimento por mordedura.
Se depois disso não houver movimentos respiratórios, pode-se tentar a respiração artificial (boca a boca): feche a boca do animal e respire diretamente dentro do focinho do mesmo - não da boca - e espere até o tórax se expandir. É preciso repetir esse procedimento de 12 a 15 vezes por minuto. Sopre para dentro das narinas até sentir o peito do animal se elevar e, em seguida, pressione o peito delicadamente para que o ar saia. Este procedimento deve ser realizado de 8 a 10 vezes por minuto.
Se o animal não apresentar batimentos cardíacos, execute a massagem cardíaca. Para isso, o animal deve estar deitado de lado. As mãos devem se cruzar na parte inferior do tórax dele, imediatamente atrás do cotovelo, e devemos pressionar as mãos flexionando o cotovelo e empurrando o tórax para baixo (contra o piso) por volta de 80 a 120 vezes por minuto em animais maiores e 100 a 150 em menores. No caso de cães muito pequenos ou gatos, usa-se as pontas dos dedos para pressionar o coração. Alternar 5 a 6 pressões sobre o coração - massagem cardíaca - com uma respiração artificial e observar se há recuperação dos batimentos cardíacos.
Observação: A massagem cardíaca e a respiração artificial podem - e devem - ser usadas em qualquer situação emergencial em que a respiração e os batimentos ficarem comprometidos. No entanto, esses procedimentos devem ser realizados em até 5 minutos depois de identificada a situação de emergência para que haja alguma chance de êxito. Tão logo possível, o animal deverá ser levado para atendimento veterinário de urgência para que outros procedimentos mais específicos sejam realizados.
VÔMITO
Em seu cão, episódios de VÔMITO podem ser sintoma de uma infinidade de problemas de saúde, desde distúrbios gastrointestinais a problemas geniturinários, neurológicos e infecciosos, por exemplo. Se os vômitos forem persistentes e com grande volume, a melhor atitude é levar seu cão ao veterinário para reidratação e diagnóstico da causa. Evite administrar medicamentos por via oral ou forçar hidratação oral no caso de vômitos persistentes, pois isto pode aumentar ainda mais a náusea. Comumente são necessárias hidratação e medicação injetáveis.
Para minimizar a possibilidade de náuseas em seu cão, evite que ele coma pedras, plásticos, sabões, materiais de pintura, fertilizantes, lixo etc., e não deixe que ele se alimente em excesso ou beba água demais depois de fazer exercícios.
MORDIDA DE OUTRO CÃO
Se seu cão for atacado e mordido por outro cão, lave o local com bastante água e sabão e leve-o imediatamente ao veterinário para cuidados de curativos, identificação do grau da lesão e medicação antibiótica e analgésica. É fundamental manter a vacina antirrábica do seu cão em dia.
CONVULSÕES
Em primeiro lugar, se seu cão tiver uma convulsão você deve manter a calma. Apesar de assustadoras, a maioria das convulsões não leva a óbito.
Durante a crise convulsiva, certifique-se de que o animal fique em um lugar onde ele não possa se ferir ou do qual ele não possa cair. Não tente prestar nenhuma medida de socorro além desta. Não estique ou puxe a língua do animal.
Observe a duração da crise convulsiva: em caso de crise com rápida recuperação dos sentidos, buscar atendimento veterinário para esclarecer a causa e tratamento para a convulsão.
Se a crise durar mais que 5 minutos ou se houver mais de quatro crises no mesmo dia, procurar imediatamente o veterinário, em caráter de urgência, já que há risco de sequelas graves e até mesmo de óbito.
CHOQUE ELÉTRICO
Caso seu cão sofra um choque elétrico, você não pode, em hipótese alguma, tocá-lo. Desligue a eletricidade e chame o veterinário imediatamente.
Para diminuir as chances de que seu animal receba um choque elétrico, evite deixar fios conectados à tomada em aparelhos que não estão em uso.
QUEIMADURAS
Caso seu cão sofra uma QUEIMADURA, você deve lavar o ferimento com sabão neutro e água fria. Se possível, não aplicar gordura ou remédios para queimaduras. Se as queimaduras forem leves e superficiais, aplicar gelo pode trazer alívio. Com muito cuidado, apare os pelos próximos à ferida. Em qualquer dos casos, levar ou chamar o veterinário para avaliar a gravidade das lesões e estabelecer tratamento adequado.