Castração
A castração ainda cria muita controvérsia junto aos donos de animais. Embora seja inclusive recomendada em alguns casos, muitas pessoas ainda a veem como um procedimento de mutilação, uma maldade etc. É preciso conhecer um pouco mais do assunto para formar uma opinião baseada em fatos.
A castração não leva à obesidade. A primeira ideia errada acerca da castração é a afirmação de que o animal engorda após este procedimento. É importante ressaltar aqui o papel do dono nesse caso: embora a castração possa causar, de fato, aumento de apetite, a ingestão de alimentos deve ser controlada pelo dono. Assim, o peso poderá ser mantido. Porém, caso o dono ceda às vontades do cão, realmente pode haver ganho de peso. Animais castrados quando jovens (antes de 1 ano de vida) apresentam menor tendência à obesidade e menos sintomas de aumento de apetite.
A castração não interfere na disposição do animal. A letargia pode ser observada naqueles animais que ganham muito peso, independente da castração, pois quando obesos, eles se cansam com mais facilidade. Além disso, muitos donos castram os animais em uma idade em que eles apresentariam naturalmente diminuição de atividade. A coincidência gera equívocos.
A castração não é uma mutilação ou uma maldade. Trata-se de um procedimento cirúrgico rápido e bem simples, em que é utilizada anestesia geral. A recuperação após a cirurgia costuma transcorrer sem problemas, particularmente em cães jovens e com boa saúde. Normalmente, o animal retoma sua rotina 24 horas após a cirurgia.
O macho castrado ainda demonstra interesse pela fêmea. Há uma diminuição desse interesse em grande parte dos machos, mas eles ainda assim cruzam com fêmeas no cio. Porém, não haverá fecundação.
Não é necessário esperar a fêmea dar cria antes de castrá-la. É comum os donos atribuírem características humanas a seus cães, porém, cães não se sentem frustrados. A cadela não ficará deprimida por não ter filhotes. Vale lembrar: se castrada antes do primeiro cio, o câncer de mama na cadela é muito improvável.
Benefícios da castração de cães machos:
1. Machos castrados costumam perder o hábito de fugir.
2. Evita comportamentos inconvenientes, como agarrar-se em pernas de estranhos.
3. Evitar que eles urinem pela casa a fim de demarcar seu território. A urina serve, entre os machos adultos, para demarcar seu território. Se o cão for castrado antes de completar 1 ano, não sentirá o ímpeto de demarcar seu território na idade adulta. Embora se indique a castração de animais adultos que demarcam território urinando pela casa, é importante destacar que, se o hábito de urinar em todos os lugares já tiver sido adquirido, pode não funcionar.
4. Animais sexualmente excitados ficam mais agressivos. A castração passa a ser vista como uma melhoria de vida para o animal se analisarmos a excitabilidade do macho, por exemplo, que sente cheiros de fêmeas no cio e prepara-se para acasalar. Quando o acasalamento não ocorre, o cão continua agitado, ansioso e, por vezes, irritado.
5. Prevenir tumores testiculares.
6. Cachorros castrados não podem dar cria, o que diminuirá a população canina de rua, já que cães de rua têm mais oportunidades de acasalar.
7. Animas que receberem diagnóstico de doenças hereditárias devem ser impedidos de acasalar ou castrados para que não gerar filhotes com os mesmos problemas. São exemplos de doenças geneticamente transmissíveis a displasia coxofemoral, a epilepsia e a catarata juvenil.
Benefícios da castração de cadelas:
1. Quando se tem um casal de cães, é muito comum que eles acasalem. Nem todos os donos de cães estão interessados em ninhadas de filhotes.
2. Diminuir consideravelmente a chance câncer em glândulas mamárias na fase adulta. Se compararmos estatisticamente as fêmeas castradas ainda jovens e as não castradas, o primeiro grupo tem uma incidência bem menor de câncer de mama. A incidência é reduzida a praticamente zero quando a fêmea é castrada antes de seu primeiro cio.
3. Evitar piometra (grave infecção uterina) em fêmeas adultas. Após 6 anos de idade, a retirada do útero evita problemas comuns em cadelas, o que impede, assim, que ela tenha que se submeter a cirurgias para tratar-se.
4. Evitar pseudociese ("gravidez psicológica"), que, além de modificar o comportamento da cadela, pode gerar consequências físicas como infecção das tetas.
5. Evitar cios.
6. Não contribuir para o crescimento do número de animais de rua.
7. Animas que receberem diagnóstico de doenças hereditárias devem ser impedidos de acasalar ou castrados para que não gerar filhotes com os mesmos problemas. São exemplos de doenças geneticamente transmissíveis a displasia coxofemoral, a epilepsia e a catarata juvenil.